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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Cabotine - Grés


    

     Meu tão esperado kit do Cabotine de Grés chegou ontem e já o estreei porque sou ansiosa a vida é muito curta. Vem o perfume EDT de 50ml, a miniatura, um shower gel e um hidratante inútil


     Eu havia experimentado o Cabotine em uma loja no mesmo dia em que experimentei o Organza, o Alien e o Cool Water. Com quatro cheiros na minha mente (e estando in love com os dois primeiros da lista) não dei muita bola pro Cabotine logo de início: me veio um cheiro de ameixa estragada, coentro, gengibre e pimenta (nem tem essa nota, mas ardia igual) e ficou por isso mesmo.

     Chegando em casa, fui cafungar os perfumes que provei (sim, foi tudo na pele) e quando meu nariz sentiu o Cabotine, que alegria foi sentir um floralzão bem gostoso com uma ameixa suculenta! Nem parecia a coisa que surgiu como notas de saída. 

     Procurando no Enjoei, encontrei esse kit por um preço muito amigo. O shower gel é muito gostoso, o hidratante é fedido e mesmo se fosse bom eu não ia gostar porque eu só gosto de óleo. A miniatura é a coisa mais fofa, vai ficar na bandeja da minha penteadeira/escrivaninha. O perfume em si vai embora rapidinho por dois motivos: 1. adorei ele 2. já não está fixando tão bem, porque acho que já tá meio véio. O cheiro é do Cabotine, mas a fixação não é mais e por isso vou usá-lo logo antes que desande de vez e quando acabar já providenciarei outro.

     Muita gente fala mal desse bonito porque, de acordo com eles, tem cheiro de velha. Eu devo ser a Dercy Gonçalves, então, porque as ditas bombas "cheiro de velha" me agradam demais. O Cabotine tem um atalcado muito fresco. Ele é um chipre floral, mas eu o chamaria de chipre floral verde, porque nas notas de coração me vem algo herbal (não tem essa nota, seria a cássia que daria esse efeito?), extremamente fresco. É como se eu estivesse numa banheira com muitas flores diferentes, algumas folhas e sabonete de ameixa. Ele tem muitas notas e com exceção das notas de saída (a ameixa em mim fica pra sempre) e essa coisa "verde" que não sei o que é,não consigo distinguir mais nada. Tá tudo junto e misturado e o resultado é tão gostoso... ele tem um rastro incrível e acho-o apropriado para ser usado de dia na primavera ou verão (sou dessas!). O melhor dele é o cheiro que fica na roupa.

     Não o considero perfume para encontros ou para seduzir, muito menos para situações do tipo entrevista de emprego. Ele é o perfume que você usa para se sentir confiante, para causar e dizer "esta sou eu: me ame ou me deixe". A mulher do Cabotine já experimentou de tudo nessa vida (uy!) e, conhecedora de tudo, resolveu imprimir sua marca, doa a quem doer. Ela está sempre alegre e confiante, esperançosa. Como a cor verde.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Dawn of New Athens - Aesma Daeva


     Se tem uma coisa que me mata é banda preguiçosa. Geralmente as preguiçosas são as mais talentosas, talvez porque em meio a tanto ócio e preguiça de produzir elas surjam com conteúdos mais interessantes. Só que esses conteúdos vem uma vez na vida e outra na morte.

     Se eu fosse listar a quantidade de bandas que encontro nessa categoria, uma das primeiras seria o Aesma Daeva, formada em 1998. O álbum da resenha é o último deles, o que considero o mais redondinho deles (mas não meu favorito), Dawn of New Athens. Seguindo a temática dos álbuns anteriores - The New Athens Ethos e The Eros of Frigid Beauty, a banda conseguiu fazer um álbum sem arestas a aparar, ele é bom do jeito que está e se fossem tentar melhorar estragaria ao longo de suas 9 faixas.

     A vocalista aqui é nada menos do que Lori Lewis, que ficou muito conhecida pelo seu merecido sucesso no Therion. Antes, contudo, era do Aesma Daeva que ela fazia parte, após saída de Melissa Feerlaak. Não me cabe fazer comparações entre elas, até porque a banda inicialmente teve outras vocalistas e só posso afirmar que todas elas fizeram um ótimo trabalho durante o tempo que estiveram no grupo.

     DoNA foi lançado em 2007 e de lá pra cá não há nada de novidade, assim como este próprio álbum teve poucas novidades, uma vez que algumas músicas já eram tocadas na época de Melissa nos shows. Trata-se de um álbum comercial, mas não no sentido ruim da palavra. De toda a discografia da banda, este deve ser o mais conhecido e apreciado, com justiça.

     Tisza's Child é a faixa de abertura, introduzindo o ouvinte à atmosfera do disco. Começa de cara com a voz de Lori (me recuso a fazer qualquer elogio pra ela, seria me repetir) e vai crescendo aos poucos, sem impressionar muito. The Bluish Shade já se inicia com um pouco mais de peso, trazendo mais dinâmica - o trabalho com o teclado é bem bonito de se ouvir e a melodia do refrão dela vai se repetir em outras faixas do álbum. A terceira música, Artemis é minha franca favorita desde The New Athens Ethos, na primeira versão com Melissa Ferlaak. Aqui neste álbum, a música foi repaginada, com o teclado se sobressaindo mais e a letra um pouco diferente da versão original. Aqui também me recuso fazer comparações, pois esta é simplesmente a música da minha vida e gosto das duas versões por igual, cada uma tem suas virtudes. Hymn to the Sun é outra que já tinha sido gravada por Melissa e desta vez vou preferir a primeira versão, apesar dos arranjos da nova versão serem melhores. D'Oreste é uma ária de Mozart na qual Lori faz um ótimo trabalho, mas as guitarras aqui levam todo o mérito. The Camp of Souls segue a mesma linha da primeira faixa, eu diria ser a progressão lógica de Tisza's. É bem arrastada e aqui, de alguma forma, acho o vocal um tanto cansativo. Ancient Verses já é um momento mais alegrinho, bem harmonizado.

     O ápice do DoNA está no fim dele: Since The Machine é épica desde o seu começo até o fim com a melodia de The Bluish Shade. A música, claramente uma referência ao 1984 de George Orwell, tem suas viradas e seus altos e baixos e traz toda um peso digno de Origin of the Muse do The New Athens Ethos, outra música épica do Aesma Daeva. Finalizando o álbum, The Loon, a única "balada" do álbum, se arrasta de um jeito muito diferente de The Camp of Souls: sentimental, nostálgica e muito bem construída.

    Há uma faixa solta, que creio não fazer parte de nenhuma versão bônus do álbum, que é cover de Running Up That Hill. Gosto muito da versão original com Kate Bush e o cover do Within Temptation e o mérito do Aesma Daeva foi ter feito algo bem diferente, mais metal (e sem agudos!!!) Adoraria que ela estivesse no DoNA, seria um belo bônus e arredondaria pra 10 faixas.

     Como disse, não é meu preferido da banda (Here Lies The One Whose Name Was Written in Water ganha de lavada nesse, pronto falei) mas se eu tivesse que apresentar alguém ao Aesma Daeva, com certeza seria por meio deste álbum. Uma pena eles não produzirem mais nada, pois são muito mais talentosos do que certas bandas mais famosas que eu não vou falar o nome porque vão me chamar de implicante huahua.

OBS: volta, Lori!
OBS2: tem algo estranho na formatação do texto e não consegui consertar, ignorem.



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Amor Amor L'eau - Cacharel


     No clima do calor abafado que está fazendo hoje no Rio, resolvi estrear o meu Amor Amor L'eau, flanker do vermelhinho famoso da Cacharel que eu não gosto. Essa versão de 2014 foi limitada e tive muita sorte de achá-la dando sopa na Renner sendo a última unidade disponível por um preço abaixo do que custa. 

     O termo L'eau significa que é uma versão mais leve do que a tradicional e ideal para ser usada em dias quentes. Não consigo dizer se esse flanker me lembra o Amor Amor porque, como dito acima, eu não gosto e não me lembro bem das notas que senti, só sei que era um troço doce meio gourmand, eca! Esse azulzinho (que frasco lindo!) tem como notas de saída Coca-Cola (?!) e toranja (que pra mim me cheira à laranja mesmo), coração composto de jasmim (tinha que ter! Amor eterno por essa flor maravilhosa) e rosa e no fundo tem baunilha, âmbar e almíscar. Comparando com a pirâmide olfativa do original, esse é muito mais simples, talvez pelo fato de ser uma versão mais leve, e consigo compreender todas as notas nele, coisa raríssima pra mim.

     Voltando à Coca-Cola (?!) o negócio é o seguinte: você abre uma lata bem gelada, coloca a bebida num copo com rodelas de laranja e inale. Vai subir um gás adocicadinho e cítrico, né? É isso aí que vai ficar como nota de saída. Durante a evolução o floral aparece discreto (o jasmim se sobressai bem mais do que a rosa) e no fundo é como se você colocasse essência de baunilha na Coca-Cola e misturasse com as flores. Basicamente é isso. O meu perfume é um Deo Parfum, o que significa que ele não tem grande fixação a priori, mas achei-o comparável a um eau de toilette. A projeção é discreta, mas tem sua marca (não some de repente como o Heat Wild Orchid. A propósito, de alguma forma acho que eles seguem uma mesma proposta, sendo o da Cacharel muito mais versátil do que o da Beyoncé). 

     Infelizmente não é um perfume muito fácil de se achar, mas se você achar, será um achado (trocadilho feioso) para os dias mais quentes que pedem algo levemente adocicado com uma pegada cítrica. 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

CK One - Calvin Klein

                                                    (Minha garota propaganda oficial.)

     Esse é um típico perfume que sempre senti nos outros, mas nunca soube qual era. Senti muito esse cheirinho na minha adolescência em pessoas e situações diversas no verão e sempre achei tão gostoso... eis que um dia em umas compras que fiz recebi a amostra dele e logo reconheci! O que falar do CK One, que eu bem conheço e considero pacas?

     Dia-infernal-de-quente-no-verão define quando eu mais procuro esse perfume. Seu frasco simples e clean é muito claro à proposta do CK One: fragrância versátil, compartilhável, na qual o menos é mais. Ele é tão completo em sua simplicidade que acaba sendo o perfume que você aplica quando não quer pensar sobre qual perfume usar, vai nele porque sabe que vai se sentir bem, limpo e é isso que te basta.

     Acho que a pirâmide olfativa dele tem mais nota do que posso reconhecer, mas até aí é normal, meu nariz não é lá grandes coisas. Em mim percebo a saída cítrica com limão, bergamota e folhas (sei lá como especificar essas "folhas") e conforme evolui percebo um floral fresco. Tem jasmim com certeza, porque pra eu amar um perfume tem que ter jasmim, mas sinto também o lírio. O fundo é o que mais me agrada nele: sândalo e cedro dão aquele toque que misturado ao cítrico do início me faz desejá-lo como a melhor opção para um dia de sol rachando: ele é muito refrescante! Segue a linha do Limão Siciliano da Phebo mas não são parecidos na fragrância, só na proposta. Ambos agradam homens e mulheres e são os basicões gostosões.

     Quanto à projeção e fixação, já vi muitas resenhas reclamando sobre elas no CK One, porém em mim achei muito boas pra um eau de toillette cítrico, cujas notas evaporam mais facilmente mesmo. Fui a uma festa numa tarde extremamente quente de outubro, borrifei bastante (economizar pra quê? Eu sou rhyca! só que não) e ele ficou lá...umas 5 - 6h exalando. Aprovei.

     Ele tem o irmão gêmeo pobre chamado Number One, da Paris Elysees, cuja descrição que vi num site é "para homens e mulheres que gostam de dividir experiências". Achei meio zuado isso, não cheirei o dupe, mas acho válido testar quando este custa 1/4 do original.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Heat Wild Orchid - Beyoncé

  (Não é nada de "selvagem")

     Queria começar o post dizendo que este era meu primeiro perfume de celebridade, mas nem é, tem o Gabriela Sabatini, que na época do lançamento era uma celebridade, né? Ok, é difícil ver tenistas celebridades (Maria Sharapova, oi?) e acho o GS tão cara de perfumão que dificilmente lido com o fato de ele ser perfume de celeb.

     Voltando ao foco, comprei na Avão o perfume da Beyoncé, um flanker do Heat tradicional (desconheço), esse é o Wild Orchid. Esfreguei o pulso na revista e subiu um cheiro doce que fiquei na dúvida se era doce confortante ou doce demais pro meu gosto. Fiquei intrigada, não achei que os R$ 149,90 valeriam essa intriga toda e resisti à tentação de comprar. Só que Satanás consumismo bate à porta e eis que na campanha seguinte minha mãe, que é revendedora, me diz que a gerente dela estava com esse perfume encalhado e estava vendendo por R$ 70,00 o frasco de 100ml. Esfreguei o pulso de novo na revista, intriguei, comprei.

     Eu até hoje não sei qual a concentração desse perfume ao certo. Vem na caixa "Deo Parfum" que, creio eu, seja um Eau de Parfum, só que sei lá. Se for pela fixação dele em mim, desejo de coração que seja uma água de colônia mesmo porque infelizmente o bonito não gruda no meu couro de crocodilo. Para compensar, penetra na roupa e fica dias (meu robe de dormir que o diga...) A projeção é ok no início mas se apaga em pouco tempo, considero este um perfume bem intimista, o que não é algo ruim quando se tem um Organza e Amarige pra deixar rastros em ocasiões mais especiais.

    Quanto ao cheiro dele, o que posso dizer? Sabe o nome "Wild Orchid", vulgo "orquídea selvagem"? É uma cilada, Bino, ele não é selvagem e a orquídea é tímida. O melhor nome pra ele seria um "Sweet Coconut" (coco adocicado) porque é isso que ele é: tem um cheiro muito gostoso de beijinho de coco. Abre com coco e notas de frutas vermelhas que eu tolero (romã e boysenberry - é de comer isso aí?), o coração é coco com a orquídea tímida e como fundo pra mim ficou só o coco mesmo. Essa é a pirâmide olfativa dele baseada no meu nariz, que é traiçoeiro advirto.

     A fragrância me soa como um gourmand que deu errado e agradeço por isso, porque eu tenho um certo ódio aos gourmands (adoro pirulito, bala, chocolate e pudim pra comer, nunca para exalar). Daí que o perfume ficou um floral frutal adocicado e é o máximo de cheiro doce que consigo lidar. Achei o perfume bem confortável, gosto de usá-lo para ficar em casa ou dormir quando o clima está mais fresco. Não acho que valha o que a revista cobra, mas pelo que paguei compensou bem. O frasco é um capricho: dos vidros dos Heat, este é o mais bonito, até eu que não curto rosa achei fofo. Ele não vem cheio até o topo, vi algumas pessoas achando que era erro de volumetria, mas não, é assim mesmo. A base dele é larga, logo se o perfume chegar até o topo passaria dos 100ml.

    Agora o tira-teima: este perfume parece com a Bayoncé? NÃO, definitivamente. Tem mais cara de Katy-Perry-a-louca-das-travessuras-e-gostosuras do que de Queen B. É assim mesmo, perfume de celebridade nem sempre é coerente com a celebridade em questão e a vida segue.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

212 NYC - Carolina Herrera


     Atire a primeira pedra quem nunca ouviu falar do 212. Este é o original de uma série de flankers bem sucedidos e é um coringão pra qualquer clima, qualquer ocasião.

     O bonitinho é um floral frutado que pra mim cheira a floral almiscarado. Um delicioso e delicado floral branco com toque de almíscar que tem cheiro de asseio, discrição e simplicidade. Não é perfume pra arrebatar corações, nem pra chamar atenção: é para cheirar bem e passar a impressão de limpeza, no estilo "a simplicidade é o mais novo elegante". Acredito que seja um excelente perfume para uma entrevista de emprego, conhecer a sogra (huahua) ou qualquer outra ocasião que não dê para errar.

     Quanto à projeção, em mim foi boa. Ele prolonga a sensação de banho tomado, depois de umas 4 horas fica rente à pele. A fixação dele é boa, pra um eau de toilette.Na roupa ele gruda, no fim do dia dá para senti-lo na blusa.

     Da família 212 regular, esse é meu favorito. O 212 e o 212 Sexy (esse tem nota de algodão doce, logo, não sei se um dia vou experimentá-lo) tem essa má fama de ser "perfume que todo mundo usa". Acho extremamente irritante dizerem que "mimimi o cheiro é batido, todo mundo tem". Se todo mundo cheirasse a 212 (o que é impossível, pois cada pele responde às fragrâncias de formas diferentes) o mundo seria um lugar bem mais agradável de se respirar. Eu não deixo de usar perfume porque fulano e beltrano tem ele. Completam a família o 212 VIP (cachaça de maracujá que eu amo, tenho o contratipo dele, Miss Vodka da Paris Elysees) e o 212 VIP Rosé (o flanker do flanker, que coisa zuada hahaha). Tem uns outros flankers de verão que não faço ideia de quem sejam... enfim, Carolina Herrera sabe fazer dinheiro, digo, perfume.

OBS: que "todo mundo" é esse que tem o 212? Esse perfume é caro, eu paguei R$ 114,00 no de 30ml chorando. Que universo é esse que todo mundo tem dinheiro pra pagar um 212, Jeová? Diga-me que quero ir pra esse lugar!!!

OBS 2: já ouvi dizer que o Royal Marina Turquoise, de Princesse Marina De Bourbon é idêntico ao 212, procede?